Quem olha para paisagem, não esquece. Uma duna de areia branca, seguida por uma lagoa cristalina formada exclusivamente pelas chuvas, depois outra duna, outra lagoa. Esse cenário é o maior campo de dunas da América do Sul, com 155 mil hectares, maior que a cidade de São Paulo.
A partir desta sexta-feira (26), o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses passa a ser reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade, título concedido pela Unesco que dará ao local uma importância maior como destino turístico internacional e para a necessidade de preservação ambiental. A reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco está sendo realizada em Nova Délhi, na Índia.
A avaliação começou em agosto do ano passado, quando uma equipe da União Internacional para a Conservação da Natureza esteve no Maranhão, para analisar o Parque, explica a embaixadora do Brasil na Unesco, Paula de Souza. O título de Patrimônio da Humanidade incentiva o segmento de forma sustentável, gerando emprego e renda direto para os 4 mil moradores da região. O Ministro do Turismo, Celso Sabino, comemorou.
Agora, o Maranhão soma um novo patrimônio, já que Centro Histórico da capital São Luís foi reconhecido como patrimônio cultural da humanidade em 1997. A gestão do Parque do Lençóis é feita pelo Instituto Chico Mendes, e ele está inserido entre o Cerrado, a Caatinga e a Amazônia, abrigando restinga, dunas e a costa oceânica.
As principais cidades que dão acesso são Barreirinhas e Santo Amaro, mas também é possível chegar pelos municípios de Humberto de Campos e Primeira Cruz. Os aeroportos comerciais mais próximos estão na capital maranhense, São Luís, e em Parnaíba, Piauí.
Para os turistas que quiserem esticar a viagem, é só entrar na ‘Rota das Emoções’, roteiro turístico com três unidades de conservação federais. Além dos Lençóis, fazem parte do roteiro a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba e o Parque Nacional de Jericoacoara.
