Exportações de soja seguem aquecidas em maio, mas milho e farelo recuam

Volume embarcado da oleaginosa supera marca de 14 milhões de toneladas, enquanto milho registra forte retração nas exportações.
Imediato News

As exportações brasileiras de soja mantiveram o ritmo acelerado em maio e devem fechar o mês com embarques entre 13,4 e 14,66 milhões de toneladas, segundo estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). A média projetada é de 14,03 milhões de toneladas, número superior ao registrado no mesmo período de 2024, confirmando o protagonismo da oleaginosa na balança comercial do agronegócio.

Em contraste, o desempenho de outros produtos do complexo soja e grãos apresentou recuo. O farelo de soja deve atingir 2,2 milhões de toneladas, enquanto o milho amarga forte queda, com previsão de apenas 68,4 mil toneladas exportadas — muito abaixo das 494 mil toneladas embarcadas em maio do ano passado. O trigo também teve participação modesta, com 33 mil toneladas exportadas no mês.

Soja mantém liderança e sustenta saldo positivo do agronegócio

De janeiro a maio, o Brasil já exportou mais de 54 milhões de toneladas de soja, reforçando a relevância do produto para o setor agroexportador. No mesmo período, os embarques de farelo somam 9,68 milhões de toneladas, milho 5 milhões e trigo 1,5 milhão.

A alta da soja tem sido puxada principalmente pela demanda da China, que mantém forte presença nos contratos de exportação brasileiros. Além disso, ajustes logísticos nos principais portos contribuíram para agilizar o escoamento da produção.

Portos estratégicos impulsionam desempenho

Entre os principais terminais, o Porto de Santos liderou os embarques na última semana com quase 1 milhão de toneladas de soja, seguido por São Luís/Itaqui (475 mil t), Barcarena (455 mil t) e Itacoatiara (266 mil t). Paranaguá e São Francisco do Sul também mantêm participação expressiva, tanto na soja quanto no farelo.

Comparativo com 2024 mostra avanço da soja e queda no milho

Em relação a maio de 2024, os embarques de soja aumentaram em 558 mil toneladas, enquanto o farelo cresceu cerca de 244 mil toneladas. O milho, por sua vez, continua com desempenho fraco no ano, o que levanta alertas sobre o impacto de fatores como o clima, a demanda internacional e a competitividade frente a outros fornecedores globais.

Expectativas para fechamento do mês

Apesar do bom desempenho até aqui, a ANEC ressalta que o volume final de soja embarcada em maio poderá ficar abaixo da máxima prevista, dependendo da agilidade no carregamento nas últimas semanas. Ainda assim, o setor comemora o ritmo consistente das exportações da oleaginosa, que continua sendo a âncora da balança comercial brasileira no agro.

Por: Warley Costa | Portal Imediato.

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