O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reuniões de trabalho nesta segunda-feira (21) no Palácio da Alvorada, após sofrer uma queda no banheiro da residência oficial no último sábado, que resultou em cinco pontos na região da nuca. Nesta terça-feira (22), Lula passará por novos exames para definir sua agenda nas próximas semanas.
Em suas redes sociais, o presidente compartilhou uma foto de uma reunião com o Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o Assessor-Chefe da Assessoria Especial da Presidência, Celso Amorim. “Conversamos sobre a agenda política nacional e internacional para os próximos dias”, escreveu Lula.
O ministro Padilha afirmou que o presidente está “muito ativo” e não teve qualquer perda de consciência ou desorientação após o acidente. “Ele mesmo buscou socorro e a equipe médica fez todos os exames necessários. A viagem foi cancelada seguindo orientações médicas”, explicou.
Por conta do incidente, Lula cancelou sua ida a Kazan, na Rússia, onde participaria da Cúpula de Líderes do Brics, um bloco de países emergentes. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está representando o Brasil no evento e manterá contato constante com o presidente sobre os temas em debate. Lula poderá participar da cúpula por videoconferência.
Após retornar da Rússia, Lula tinha programada a participação em atos de campanha no estado de São Paulo, em virtude do segundo turno das eleições municipais no próximo domingo (27), além de votar em São Bernardo do Campo, seu domicílio eleitoral. Ele também tem uma viagem marcada para Cali, na Colômbia, para a conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade, dependendo da liberação médica.
Padilha tranquilizou a população: “O cancelamento da viagem foi por determinação médica para garantir a observação necessária, evitando uma viagem longa e os impactos de um fuso horário diferente”, ressaltou. Lula realizou exames no Hospital Sírio-Libanês em Brasília na noite do acidente e na manhã seguinte. De acordo com o boletim médico, ele sofreu um “ferimento corto-contuso na região occipital”, e embora o acidente não tenha sido grave, o presidente pode continuar exercendo suas atividades na capital federal.