
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira (25) em Maceió, quando se deslocava para o aeroporto com destino a Brasília. Segundo sua defesa, a prisão aconteceu por volta das 4h, durante o trajeto, e foi em cumprimento espontâneo ao mandado de prisão.
Após a prisão, Collor foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde ficará à disposição da Justiça. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após o magistrado negar um recurso da defesa para revisar a condenação de 2023, que resultou em 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No julgamento, que ocorreu em maio de 2023, o STF concluiu que Collor, então dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), teria recebido R$ 20 milhões em vantagens indevidas, entre 2010 e 2014, relacionados a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na época. Collor foi condenado a 4 anos e 4 meses por corrupção passiva e 4 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro.
Em novembro de 2023, o STF manteve a condenação, mesmo após a defesa de Collor tentar reverter a decisão. Na quinta-feira (24), Alexandre de Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa, caracterizando-o como protelatório, e determinou a prisão imediata.
Uma sessão virtual do STF será realizada nesta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, para confirmar a decisão de Moraes.
Collor, ex-senador, foi o 28º presidente do Brasil, sendo eleito em 1989 e impeachment em 1992, o que o afastou do cargo.
Por: Warley Costa | Portal Imediato