
A exportação de ovos do Brasil teve um salto de 342,2% em março, puxada principalmente pela demanda dos Estados Unidos, que enfrentam um surto de gripe aviária. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram 3.770 toneladas exportadas, contra 853 toneladas no mesmo mês do ano passado. O volume inclui ovos in natura e processados.
Apesar da alta nos embarques, a ABPA afirma que a oferta interna está garantida. Isso porque as exportações representam apenas cerca de 1% da produção nacional.
A disparada nas vendas externas acontece num momento em que o consumidor brasileiro sente no bolso o aumento no preço dos ovos. De acordo com o IBGE, o produto ficou 15% mais caro em fevereiro em comparação com janeiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a comentar o aumento e disse que quer descobrir quem é o “pilantra” responsável pela alta. A ABPA, por sua vez, aponta uma série de fatores que pressionaram o preço no começo de 2025:
- Alta na procura durante a Quaresma;
- Aumento de 30% no preço do milho, principal ingrediente da ração;
- Insumos de embalagem com custo até 100% maior;
- Temperaturas elevadas, que afetam a produtividade das aves.
De janeiro a março, o Brasil exportou 8.654 toneladas de ovos — um crescimento de 97,2% em relação ao mesmo período de 2024. Os Estados Unidos lideram as compras, com 2.705 toneladas, volume 346,4% maior que no ano passado. Outros destinos incluem Emirados Árabes (1.422 t), Chile (1.182 t), Japão (846 t) e México (576 t), este último um mercado recém-aberto.
A autorização dos EUA para importação de ovos brasileiros destinados ao consumo humano veio em janeiro, impulsionando os negócios.
Por: Redação | Portal Imediato.