O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando a possibilidade de retomar o horário de verão em 2024. A medida, que foi extinta em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, pode ser reintroduzida devido às secas que afetam o país.
Segundo Silveira, o retorno do horário de verão seria uma estratégia para ajudar na economia de energia elétrica, especialmente em um momento em que o acionamento de usinas termelétricas, mais caras, pode ser necessário para compensar a perda de produção nas hidrelétricas. “Estamos analisando a necessidade do horário de verão, considerando não apenas a questão energética, mas também o impacto na economia”, explicou o ministro.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, também confirmou que o governo está discutindo o tema internamente. A medida foi utilizada por vários anos no Brasil, mas nos últimos tempos perdeu eficácia em relação à economia de energia, devido às mudanças nos hábitos de consumo, como o uso intensificado de ar-condicionado.
Além da economia de energia, Silveira destacou que o horário de verão pode beneficiar a economia de maneira geral, incentivando o consumo em setores como comércio e turismo.
Editorial:
A volta do horário de verão é um tema que divide opiniões e depende de vários fatores. Do ponto de vista energético, o horário de verão foi originalmente criado para aproveitar melhor a luz natural e reduzir o consumo de energia, especialmente durante o pico da tarde. No entanto, com a mudança dos hábitos de consumo e o aumento do uso de ar-condicionado, o impacto positivo da medida em termos de economia energética se tornou menos evidente.
Há argumentos a favor da volta do horário de verão, como a possibilidade de economizar energia em momentos críticos, como em períodos de seca, além de estimular setores da economia, como turismo e comércio, devido à maior duração da luz do dia no fim da tarde. Por outro lado, alguns estudos indicam que a mudança de horário pode ter efeitos negativos sobre a saúde das pessoas, como distúrbios no sono e aumento de fadiga.
Em resumo, a decisão de retornar com o horário de verão precisa ser cuidadosamente avaliada, considerando tanto os benefícios quanto os potenciais impactos adversos, e com base em dados atualizados sobre o consumo de energia e a qualidade de vida da população.
