Influencer presa nega acusações de tortura com maçarico e alega que a vítima consentiu com a violência

A influencer Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, encontra-se detida sob suspeita de cometer tortura e roubo no valor de R$ 41,5 mil contra um homem em São Paulo.

Detida sob suspeita de torturar e roubar um homem em São Paulo no dia 18 de maio, a modelo e influencer Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, alega ter sido contratada por ele para participar de mais de um encontro e afirma que o próprio cliente solicitou, por vontade própria, envolvimento em práticas de violência e sexo em grupo.

Em seu depoimento, a influencer alega que a vítima “está constantemente mentindo”. Ela afirma que o homem já a havia contratado por R$ 500 no dia 17 de maio, um dia antes do suposto crime. Segundo ela, o encontro teria durado aproximadamente 1 hora e meia.

“Nesse dia, [o homem] chegou ao seu apartamento totalmente transtornado, ou seja, ‘muito louco de drogas’, e foi embora também muito louco”, declarou na delegacia.

“[A vítima] pediu para apanhar e dizia que queria ser estuprado, o que é comum nesse tipo de programa. (…) Tem muitos clientes que gostam de apanhar, de fingir ser estuprado e coisas do tipo, inclusive de serem queimados, normalmente com cigarros”.

Foto: Instagram

Programas

Conforme relatado por Vitória, o homem teria expressado grande satisfação com sua companhia e solicitado que ela organizasse encontros envolvendo mais pessoas. Como resultado, a vítima teria retornado ao apartamento da influencer, localizado em Morumbi, na zona sul da capital paulista, no dia seguinte.

O encontro teria se estendido por um período de aproximadamente 10 a 12 horas. Nesta ocasião, Vitória teria estabelecido uma taxa de R$ 900 pelo serviço. De acordo com sua narrativa, esse episódio também esclareceria as razões pelas quais a vítima realizou transferências bancárias para ela, para Gabriel e para outro indivíduo.

Durante o interrogatório, Vitória também alega que seus pais são responsáveis por sua subsistência, que o veículo de luxo, um Jaguar, foi um presente da família, e que ela se envolve em encontros pagos porque tem interesse pessoal. Ela mantinha um perfil em um site de acompanhantes travestis, mas o anúncio foi retirado.

Foto: Divulgação

Ela negou, ainda, ser traficante e reafirmou que os remédios encontrados no seu apartamento eram de uso pessoal – embora a polícia suspeite que os medicamentos fossem usados para dopar vítimas. Segundo depôs, se for posta em liberdade, ela iria voltar a morar com os pais e também “buscar internação para cuidar de seu vício em remédio”.

Questionada, ela não soube responder o motivo de a vítima também ter feito transferências, no mesmo dia, para mais quatro pessoas – supostamente envolvidas no roubo.

Vítima

Por outro lado, o homem alega ter sido vítima de um assalto após ser conduzido a um encontro falso que incluiu ameaças de violência sexual, uso de um maçarico para causar queimaduras e intimidações por parte de um agressor que afirmava ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Conforme declarado no depoimento, os assaltantes subtraíram a quantia de R$ 41,5 mil através de uma série de transferências bancárias para contas de pelo menos seis indivíduos diferentes. Além disso, eles também confiscaram a carteira da vítima, um relógio suíço da marca Tissot, avaliado em R$ 2 mil, e um iPhone 13, com um valor estimado de R$ 5 mil.

Na delegacia, o homem identificou Vitória, com quem havia agendado um encontro, como uma das responsáveis pelo crime. Gabriel, por outro lado, foi descrito pela vítima como o membro mais agressivo do trio. O terceiro suspeito alegava ser afiliado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

O homem relata que, ao chegar ao apartamento de Vitória, foi surpreendido por outros dois indivíduos que o abordaram por trás e o imobilizaram, segurando suas pernas e braços. Logo em seguida, um deles desferiu um soco em seu olho direito.

A vítima descreve que teve os braços amarrados com lacres plásticos e tentou gritar, mas os criminosos cobriram sua boca com fita crepe e exigiram informações bancárias. Durante o episódio de tortura, ele afirma ter sofrido tapas, socos e até queimaduras de maçarico.

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