
O furto de duas fontes de Césio-137 em uma mineradora em Nazareno (MG) está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do governo federal.
A AMG ressalta que esses equipamentos contêm fontes protegidas por camadas de aço, mas alerta que o manuseio inadequado pode representar riscos à saúde.
Após perceberem o desaparecimento dos equipamentos, a AMG prontamente acionou a polícia, registrou um boletim de ocorrência e notificou os órgãos de fiscalização competentes.
Em uma nota divulgada, a empresa expressou profundo pesar diante de qualquer preocupação causada às comunidades vizinhas, destacando que estão empenhados em resolver a situação o mais rapidamente possível, garantindo a segurança e o bem-estar de todos.
Equipes da CNEN têm previsão de chegada à cidade nesta quarta-feira, dia 5, para contribuir nas investigações.
O que são as fontes desaparecidas
As fontes furtadas consistem em material cerâmico contendo Césio-137. Elas possuem uma dupla camada de encapsulamento em aço inoxidável e são externamente blindadas com aço inoxidável resistente a impactos. Com uma atividade individual de 5 mCi (meios de contraste iodado), essas fontes faziam parte de equipamentos medidores de densidade. Portanto, sua classificação de risco é considerada baixa, sendo de nível 5.
Os meios de contraste iodado (MCI) são compostos que contêm iodo como elemento radiopaco, e quando administrados no organismo, aumentam a sensibilidade e especificidade das imagens radiográficas.
Conforme informado pela mineradora, quando essas fontes são utilizadas nos medidores de densidade de polpa, elas não representam riscos. No entanto, o manuseio inadequado pode acarretar perigos para a saúde.
Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), apesar das fontes serem de Césio-137, sua atividade é cerca de 300 mil vezes menor do que a do acidente de Goiânia, que é considerado o maior acidente radiológico do mundo.
A CNEN também destaca que essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). No entanto, é crucial continuar com os esforços para localizá-las e recuperá-las, a fim de evitar exposições desnecessárias.