A Polícia Civil do Tocantins, concluiu, nesta terça-feira, 16, o inquérito policial que apurava a fraude cometida por um homem contra um amigo e sua família por mais de 10 anos.
A vítima, de 42 anos, foi declarada incapaz para exercício do trabalho e por essa condição, fazia jus ao recebimento de um benefício previdenciário. Assim, em 2008, o autor do crime, atualmente com 46 anos, em razão da proximidade com a família, foi constituído curador do rapaz, ficando responsável pela obtenção e recebimento do benefício.
“Ocorre que, ainda em 2008, ele informou para a família do amigo que o benefício havia sido negado e seria preciso recorrer da medida. Desta forma, o criminoso permaneceu por 10 anos recebendo os valores do benefício e não repassando a quem de direito”, disse o delegado José Lucas Melo, responsável pelo caso.
Neste período, a vítima se manteve com ajuda de familiares. Sempre que era preciso renovar o benefício, o homem pedia ao amigo que assinasse documentos alegando que eram necessários para tentar obter o benefício (que já recebia sem que ninguém soubesse). O valor do prejuízo causado é de mais de R$ 180 mil.
Indiciamento
Indiciado pela Polícia Civil, o sujeito irá responder pelo crime de apropriação indébita majorada, de forma continuada e se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão.
Regularização
Devidamente regularizado, a vítima passou a receber o benefício previdenciário que antes estava sendo desviado pelo amigo.
O delegado José Lucas classificou a ação da Polícia Civil como extremamente eficaz e humanitária, visto que a vítima, sem saber que estava sendo enganada pelo amigo há mais de 10 anos, passou por inúmeras dificuldades financeiras.