
A Prefeitura de Araguaína anunciou nesta terça-feira (13) o fim da greve dos servidores da Educação, iniciada no dia 8 de maio. A paralisação chegou ao fim após uma reunião entre o prefeito Wagner Rodrigues, vereadores, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) e servidores efetivos do município.
Durante o encontro, o prefeito explicou que o pagamento das progressões salariais dos professores concursados será mantido, mas continuará sendo feito de forma gradativa, respeitando os limites financeiros do município. Para viabilizar os reajustes sem comprometer o orçamento, foi proposta uma reestruturação interna no quadro de servidores da Educação.
Entre as medidas, estão previstas a redução de parte das gratificações pagas a diretores escolares, o retorno da carga horária de 8 horas para a Clínica Escola Mundo Autista, Biblioteca Municipal e APAE, além da volta de professores que hoje ocupam funções administrativas para a sala de aula.
O projeto com essas mudanças será enviado à Câmara de Vereadores até o dia 30 de maio. Se aprovado, permitirá o direcionamento de recursos para o pagamento parcial das progressões já a partir de junho. As progressões horizontais e verticais devem ser publicadas no Diário Oficial na próxima segunda-feira (19).
A presidente do Sintet em Araguaína, Rosy Franca, destacou que a proposta foi aprovada pela maioria dos servidores em assembleia. “A reunião foi produtiva e o diálogo com a gestão municipal tem avançado. Estamos confiantes no cumprimento do que foi acordado”, afirmou.
Greve foi considerada ilegal
A Secretaria Municipal da Educação também informou que a paralisação foi considerada ilegal, pois não houve aviso prévio de 72 horas ao município, como determina a legislação. Com isso, os professores deverão repor os dias parados para garantir os 200 dias letivos. Aqueles que não compareceram às salas de aula terão os dias descontados na folha de pagamento.
Plano de Cargos e Carreiras em fase final
Outro ponto tratado na reunião foi o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores públicos. Segundo o prefeito, o documento está em fase final de revisão e será enviado à Câmara ainda neste semestre. O plano também contempla servidores da Educação que ainda não são beneficiados por esse tipo de política salarial.
“Estamos preparando um plano que seja justo, dentro da realidade financeira do município, para que não gere um colapso nas contas públicas e ao mesmo tempo valorize os servidores”, concluiu Wagner Rodrigues.