
Os profissionais da rede municipal de ensino de Araguaína deflagraram greve geral por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (7), e comunicada oficialmente à prefeitura pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet).
Segundo o sindicato, a paralisação ocorre em protesto contra a falta de valorização da carreira, atraso no pagamento de direitos e o não cumprimento de leis que garantem melhores condições de trabalho aos educadores. A categoria também aponta a ausência de respostas concretas do prefeito Wagner Rodrigues (União Brasil) às reivindicações apresentadas em diversas ocasiões.
As principais demandas incluem:
- Pagamento das progressões funcionais;
- Aprovação e implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores administrativos;
- Cumprimento da lei do piso nacional do magistério com a devida implementação de 1/3 da jornada de hora-atividade para planejamento.
“A categoria deliberou pela greve porque está insatisfeita e cobra seus direitos. A gestão precisa apenas cumprir o que já está garantido em lei. Já os servidores administrativos estão com a carreira estagnada e aguardam avanço no PCCR”, afirmou Rosy Franca, presidente do Sintet Regional de Araguaína.
A mobilização teve início na terça-feira (6), com paralisação e ato público em frente à prefeitura. Na manhã desta quarta, um novo protesto foi realizado com a participação de dezenas de trabalhadores da educação.
De acordo com o Sintet, a greve será mantida até que a gestão municipal apresente propostas concretas para negociação.
Resposta da Prefeitura
Em nota ao Portal Imediato, a Prefeitura de Araguaína informou que a Secretaria Municipal da Educação está ciente das reivindicações e trabalha para atender as demandas.
Sobre as progressões, a gestão afirmou que o processo está concluído, mas depende de dotação orçamentária para que os pagamentos sejam realizados. A minuta do PCCR dos servidores administrativos está em ajustes finais na Secretaria de Administração (Secad), e o concurso público para o setor está em fase de elaboração, ainda sujeito à aprovação da Câmara Municipal.
Quanto à implementação da hora-atividade, a secretaria disse estar realizando um levantamento de impacto na folha de pagamento do magistério, prevendo um possível aumento de até 20%.
Já sobre o plano de saúde para os profissionais da educação, a prefeitura ressaltou que qualquer benefício desse tipo deve ser oferecido a todos os servidores efetivos, e que está analisando a viabilidade financeira da proposta.
Por: Warley Costa | Portal Imediato.