
Motoristas de táxi e mototaxistas de Araguaína se uniram em um protesto para solicitar maior fiscalização sobre motoristas de aplicativos, após um caso grave de violência. A manifestação ocorreu nesta terça-feira (29) em frente à Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT) no Setor Brasil, onde as classes expressaram suas preocupações.
O motivo da mobilização foi um incidente recente, em que uma adolescente de 17 anos foi estuprada após desmaiar dentro do carro de um motorista do aplicativo Maxim. A jovem, que se sentiu mal durante uma festa, chamou uma corrida para voltar para casa, mas acabou desmaiando e acordou em uma situação de extrema vulnerabilidade.
Os representantes das categorias exigem que sejam tomadas medidas rigorosas para impedir que motoristas despreparados e criminosos realizem o transporte de passageiros. O presidente da Cooperativa dos Mototaxistas de Araguaína afirmou que, com 495 mototaxistas atuando na cidade, nunca houve um caso similar em sua categoria.
O presidente da Associação dos Taxistas de Araguaína, por sua vez, expressou preocupação com a possibilidade de motoristas serem liberados sem a devida preparação, o que poderia representar um risco à segurança da população.
Após o incidente, a empresa Maxim informou que bloqueou a conta do motorista suspeito e repudiou qualquer ato de violência. Em nota, a empresa esclareceu que a corrida não foi registrada pelo aplicativo e solicitou que os passageiros sempre utilizem a plataforma para solicitar corridas, permitindo que a empresa tome providências em situações de emergência.
No dia 28, aproximadamente cem motoristas de aplicativos realizaram um protesto contra as fiscalizações, após a retenção de seis veículos irregulares em uma blitz da ASTT. A prefeitura de Araguaína reiterou que as fiscalizações de trânsito continuarão conforme o cronograma das forças de segurança pública.
Esse caso levantou questões cruciais sobre a qualificação e segurança dos motoristas de aplicativo, gerando um clamor por mudanças que garantam a proteção dos passageiros e a responsabilização dos profissionais do transporte.
Por: Roberto Guerrero / Imediato News