
Nesta segunda-feira (17) completa uma semana das buscas para capturar o grupo criminoso suspeito de atacar a cidade de Confresa-MT e fugir para o Tocantinns. Forças policiais de diversos estados se mobilizaram o montaram bloqueios na região oeste do estado.
Veja o que se sabe e o que falta saber sobre a “Operação Cangaçu”:
- Quando aconteceu o ataque em Confresa-MT?
- Quando os criminosos fugiram para o Tocantins?
- Quantos confrontos entre policiais e suspeitos aconteceram?
- Quantos suspeitos morreram?
- Quantos suspeitos foram presos?
- Quais materiais já foram apreendidos?
Quando aconteceu o ataque em Confresa-MT:
No dia 9 de abril, um domingo, um grupo de criminosos armados com fuzis invadiu o quartel da Polícia Militar em Confresa-MT e rendeu policiais, além de atear fogo no prédio. Após essa ação, os bandidos roubaram armamento para explodir uma empresa de transporte de valores da cidade.
A sede da empresa de transporte de valores foi alvo de explosão, mas os bandidos não conseguiram levar o dinheiro. Artefatos explosivos foram espalhados pela cidade, mas foram desativados pela polícia. Uma pessoa foi baleada, mas sem risco de morrer.
Quando os criminosos fugiram para o Tocantins:
Os criminosos fugiram para o Tocantins através dos rios Araguaia e Javaés e desembarcaram nas proximidades do Centro de Pesquisa Cangaçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), na segunda-feira (10). Turistas estrangeiros funcionários que estavam na região foram retirados às pressas.
Os bandidos afundaram as embarcações para não deixar rastros e seguir a fuga por terra.
Quantos confrontos entre policiais e suspeitos aconteceram:
Pelo menos três confrontos entre bandidos e policiais aconteceram na segunda-feira.
– O primeiro foi quando o bando se deparou com policiais da Patrulha Rural, que fazia rondas em Pium. Após o confrontos, os bandidos se separaram em dois grupos. Um dos grupos chegou a invadir uma fazenda e fazer uma família refém. Os criminosos liberaram as vítimas ao perceberem a chegada dos policiais.
– Reforços policiais de outros estados, como Mato Grosso, Goiás e Pará chegaram ao Tocantins e houve um novo confronto;
– Ja na noite de segunda-feira, mais um confronto, em que um suspeito foi baleado e morto.
– O segundo suspeito morreu na quarta-feira (12), na zona rural de Marianópolis, perto do povoado Cocalim;
– Na terça-feira (11), um suspeito foi preso durante buscas;
– Ao logo desta semana, novos confrontos aconteceram, inclusive no último sábado (15). Não há informações sobre mortos ou feridos;
Quantos suspeitos morreram:
Conforme a Polícia Militar, dois suspeitos morreram em confrontos na região. Eles foram identificados como Rafael Ferreira Pinto, de 34 anos, e Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos.
Quantos suspeitos foram presos:
Até o momento, somente Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, foi preso. Ele teria feito uma funcionário de uma fazenda como refém e foi flagrado na terça-feira (11) pelos policiais com a vítima dentro de um carro.
Após a prisão, ele foi levado para a Unidade Penal de Palmas.

Materiais apreendidos pela polícia:
A polícia conseguiu apreender armas de grosso calibre, como um fuzil 762, munições, coletes à prova de balas, capacetes de uso militar, coturnos, luvas, mochilas, gorros e outros equipamentos de proteção corporal. A PM considerou os materiais apreendidos como ‘armamemento de guerra’.

Operação Cangaçu
Após a chegada do grupo no Tocantins, uma força-tarefa foi criada para conseguir a prisão dos integrantes. Policiais Militares e Civis do Mato Grosso, Pará, Goiás e Minas Gerais foram enviados como reforço.
Uma base foi criada na fazenda Agrojan, que foi alvo dos criminosos no início da semana passada. A operação conta a participação de pelo menos 350 homens, helicóptero, canoas, drones e outros equipamentos.
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) visitou a base da operação neste domingo (16). O comandante-feral da PM, Coronel Márcio Barbosa, afirmou que as equipes só vão sair da região da Ilha do Bananal quando todos os criminosos forem presos.