
Os policiais que estão na Ilha do Bananal, na caçada pelos criminosos que fugiram para o Tocantins, só deixarão o cerco quando todo o grupo for capturado. A fala é do comandante da Polícia Militar no estado, o coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça. Acredita-se que o bando seja o mesmo que atacou e aterrorizou a cidade de Confresa (MT), no último domingo (9).
O comandante confirmou que o grupo está espalhado pela área, porém cercado.
“Eles estão cercados e manteremos esse cerco até que possamos capturar todos”, informou.
Os criminosos invadiram a cidade de Mato Grosso, atacaram e atearam fogo no batalhão da Polícia Militar. Em seguida, explodiram as paredes de uma empresa de transporte de valores. A suspeita é de que eles fugiram para o Tocantins em embarcações, atravessaram os rios Araguaia e Javaés e entraram no município de Pium, onde fica parte da Ilha do Bananal. Dois foram mortos e um, preso, em confrontos com equipes policiais.
Os criminosos estão na região da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de área cercada pelos rios Araguaia e Javaés. A ilha localiza-se no estado do Tocantins, estando subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium.
Policiais de cinco estados fazem parte da operação. Nesta quinta-feira (13), mais duas aeronaves foram enviadas pelo governo de Minas Gerais para ajudar nas buscas, totalizando cinco helicópteros e aviões. Moradores da região também dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.
“Essa operação tomou uma proporção muito grande. Hoje nós temos forças policiais de três regiões distintas, do sudeste, do norte e do centro-oeste. Cinco estados estão integrados: Tocantins, Mato Grosso, Pará, Goiás e Minas Gerais. Temos forças especializadas. Minas Gerais em um gesto bastante nobre, enviou uma aeronave e um grupamento especializado nessa região, que é o Comaf, Comando Anfíbios, para poder adentrar nas matas e regiões alagadas”.
Além da captura, os militares reforçam a segurança para os moradores da região, indígenas e ribeirinhos que estão próximos às áreas de confronto.
FONTE: G1 TOCANTINS