Mais dois influenciadores digitais de Palmas foram indiciados nesta terça-feira (14). Segundo a polícia, dois homens, de 21 e 22 anos de idade, vendiam rifas nas redes sociais por preços muito baixos, o que lhes rendiam um elevado retorno financeiro. Eles não tiveram os nomes divulgados.
De acordo com a Delegacia Especializada no Combate a Crimes de Menor Potencial Ofensivo (2ª Deimpo), os investigados realizaram pelo menos 30 sorteios de quantias em dinheiro e/ou produtos, como carros, motos, capacetes, celulares e outros.
Vendendo cada rifa por centavos de real, os dois arrecadaram mais de R$ 300 mil reais em pouco mais de quatro meses. Um dos investigados, com 65 mil seguidores em suas redes sociais, recentemente, sorteou um veículo, que pela tabela Fipe valia cerca de R$ 50 mil reais, e arrecadou quase R$ 100 mil reais em pouco mais de um mês, um lucro de 100 %, conforme a polícia.
“Em sede policial, ele foi ouvido e questionado se havia tido lucro no sorteio do carro, mas disse que somente conseguiu arrecadar o que havia pago pelo carro, o que não condizia com a realidade. Já o outro investigado apenas cadastrou e comercializou três rifas, lucrando pouco. Segundo afirmou, como não tinha noção da ilicitude de sua conduta, firmou compromisso de comunicar os seus seguidores a fim de que fosse devolvido o dinheiro que haviam pago”, disse Diego Camargo, delegado responsável pela investigação.
A Polícia Civil afirma que apurou que nenhum dos investigados tinha autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, do Ministério da Economia para promover ou patrocinar sorteios por meio da plataforma digital. A prática enquadra-se no tipo contravencional intitulado “loteria não autorizada”. O autor pode ser sujeitado a uma pena pecuniária e outra de prisão simples, de seis meses a dois anos, caso haja condenação.
Outro caso
No fim do mês de fevereiro, uma influenciadora digital de Palmas foi indiciada pela mesma prática ilegal. Segundo a Polícia Civil, a mulher vendia rifas a preços muito baixos em redes sociais, “se enriquecendo pelo elevado retorno financeiro”. As investigações apontaram que em ao menos sete oportunidades, a investigada realizou sorteios de quantias em dinheiro, vendendo cada rifa por centavos de real (exemplo: R$ 0,11; R$ 0,22, R$ 0,23 e R$ 0,54), e chegou a arrecadar R$ 129 mil em pouco mais de 45 dias.
