Ex-governador Mauro Carlesse é preso em operação do Gaeco no sul do Tocantins

Político é suspeito de planejar fuga internacional; prisão ocorreu em fazenda de sua propriedade.
Foto: TV Norte Tocantins/ SBT

O ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), foi preso na manhã deste domingo (15) em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO). A prisão ocorreu na Fazenda Joia Rara, localizada no município de São Salvador, a 518 quilômetros de Palmas.

Segundo o MPTO, Carlesse é suspeito de planejar uma fuga para o exterior, em meio a investigações sobre esquemas de corrupção durante sua gestão como governador (2018-2021). Após ser detido, ele foi levado para Gurupi, onde prestou depoimento, e ficará sob custódia na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Além do ex-governador, a operação também cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal de Palmas. Outro alvo da ação foi o ex-secretário estadual Claudinei Quaresemin, também investigado por envolvimento nos mesmos esquemas de corrupção.

Em entrevista exclusiva ao repórter Jairo Santos, da TV Norte Tocantins (afiliada SBT), Carlesse negou as acusações e afirmou, por meio de seus advogados, que não tinha intenção de fugir.

Histórico de investigações

Carlesse governou o Tocantins de 2018 a 2021 e foi afastado do cargo em outubro de 2021, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O afastamento foi determinado pelo ministro Mauro Campbell, que apontou indícios de crimes no âmbito da Saúde e da Segurança Pública.

A decisão ocorreu após uma operação da Polícia Federal que desarticulou uma organização criminosa suspeita de obstruir investigações. Em março de 2022, antes da votação de impeachment pela Assembleia Legislativa, Carlesse renunciou ao mandato, alegando em carta que buscava “apresentar de forma tranquila e serena sua defesa junto ao Poder Judiciário”.

Com a renúncia, o caso foi remetido à Justiça estadual, e o ex-governador perdeu o foro privilegiado.

O Ministério Público ainda não divulgou detalhes adicionais das investigações que motivaram a operação deste domingo.

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