Mãe afirma que filha de 4 anos foi abusada sexualmente por colega dentro de escola em Palmas

De acordo com a criança, ela teria sido ameaçada caso contasse aos pais sobre o ocorrido...
Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (28) uma mãe que fez uma denúncia alegando que a filha, de 4 anos de idade, foi vítima de abuso sexual dentro do Colégio Batista de Palmas foi entrevistada. O crime, segundo a mulher, teria acontecido no dia 10 de fevereiro deste ano e o autor seria um outro aluno. A direção do colégio se pronunciou. 

A reportagem do Balanço Geral entrevistou a mãe, que contou detalhes de como tudo aconteceu. De acordo com a mulher, após buscar a filha na escola, percebeu que a menina apresentava comportamento estranho. A princípio, a criança disse que tinha machucado o órgão genital e deu duas versões de como isso teria acontecido. A mulher disse que ficou desconfiada com a história contada pela filha e foi verificar melhor ao chegar em casa.

“Quando eu fui olhar, que eu fui tirar o short [dela], eu percebi que a calcinha dela estava um pouco suja de sangue. Aí eu achei estranho, tirei a calcinha, quando fui olhar [o órgão genital], tinha sangue, tava sujo de sangue, tava com escoriação e tava mexido. Aí eu fiquei desorientada”, disse a mãe.

Após isso, a mãe disse que perguntou mais uma vez para a filha o que tinha acontecido. A criança, então, contou tudo.

“Ela começou a chorar e disse: ‘Mamãe, eu fui ao banheiro sozinha. Eu tava fazendo xixi e um menino tava me espiando. Ele me empurrou e eu quase caí no vaso [sanitário]. Aí ele colocou a mão, colocou a boca, colocou um negócio que eu não sei o que é’. Ela nunca tinha visto um órgão genital de homem, né? E então ela não sabia explicar muito bem o que era”, relatou.

A mãe disse ainda que a filha contou que procurou a professora para contar o que tinha acontecido, porém ninguém a informou sobre o assunto.

“Ela contou pra professora, né? E aí ela disse que a professora bateu na coxa dela e disse: ‘vai passar, vai passar’. [A escola] não entrou em contato comigo.

Conforme a mãe, a menina foi levada para o hospital, onde foi medicada e foi atendida por pediatras e ginecologistas. Depois, foi levada para passar por uma avaliação no Instituto Médico Legal (IML).

A família da menina acusa a professora da escola responsável pelas crianças de omissão e ameaça.

“Quando eu falei pra ela ia que na escola pra falar com a professora, ela começou a chorar e falou ‘eu vou morrer, eu vou morrer’. E aí eu falei assim: ‘não, você não vai morrer, quem falou isso?’. Daí ela falou ‘vou morrer sim, ela [professora] falou que se eu contasse para o papai ou pra mamãe ela ia me matar’. Eu nunca imaginei que, além da minha filha sofrer um abuso sexual no colégio, que ela também seria ameaçada pela professora”, relatou a mãe.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) disse que o caso foi registrado e está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção a Criança e Adolescentes de Palmas. A SSP informou que mais informações sobre o caso serão repassadas em momento oportuno.

O que diz o Colégio Batista de Palmas:

“No dia 14/02/2023, a direção do Colégio Batista de Palmas foi procurada pelos pais de uma aluna do infantil I-B-V, de 4 anos de idade, que informaram que a filha teria sofrido abuso nas dependências do colégio no dia 10/02/2023. Segundo os pais, a filha teria dito que o autor da agressão seria outro aluno do colégio.

Imediatamente, a direção do colégio deu início a um procedimento de apuração interna. Foi feita uma verificação das imagens das câmeras de segurança do colégio desde a chegada da aluna ao colégio até a sua saída no dia 10/02/2023. A professora regente foi preventivamente afastada do exercício das funções. Não foi constatado que a aluna tivesse sido deixada desacompanhada da professora em nenhum momento, exceto por um breve período, de menos de 1 minuto, em que ela esteve com outro aluno, colega de turma da mesma idade.

Prosseguindo com a apuração, a direção do colégio convocou a professora regente e a auxiliar de sala, a fim de que pudessem esclarecer como foi a rotina da aluna no dia 10/02/2023. A professora afirmou que, naquele dia, a aluna lhe disse que havia caído e batido a perna, então, a professora verificou se havia machucado, porém não notou nenhuma lesão. A situação não se estendeu, uma vez que a aluna voltou a brincar normalmente. A aluna não relatou nada relativo a uma eventual agressão por parte de outro colega de turma.

Como os pais da aluna haviam informado que registraram um boletim de ocorrência na Delegacia da Criança, o diretor do colégio compareceu, no dia 17/02/2023, antes de qualquer notificação, à sede da delegacia, ocasião em que se colocou à disposição para qualquer esclarecimento.

No dia 24/02/2023, o colégio recebeu um ofício da delegacia da criança solicitando as imagens do circuito interno do dia 10/02/2023, o que foi prontamente providenciado pelo diretor do colégio no mesmo dia. Em seguida, no dia 02/03/2023, o colégio recebeu um ofício do Ministério Público do Estado do Tocantins por meio do qual foram solicitadas informações sobre o ocorrido, o que também foi prontamente atendido pela direção do colégio.

Desse modo, o colégio, sem prejuízo do seu procedimento interno de apuração, vem colaborando ativamente com as autoridades competentes para a completa elucidação dos fatos, já tendo fornecido as imagens de todas as câmeras de segurança à Delegacia de Polícia e prestado os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público. Por fim, o colégio reforça sua plena disposição em continuar colaborando com as autoridades públicas e o seu compromisso com a segurança de todos os seus alunos e alunas.”

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