Débora Mayara, de 32 anos, está desaparecida há 3 dias. Ela foi vista pela última vez em uma região de chácaras de Luzimangues, distrito de Porto Nacional. A mãe de Débora, Maria Simone Soares, explica que a filha é autista e toma medicamentos todos os dias. E que a falta dos remédios pode provocar convulsões.
“Eu tenho medo dela ter uma crise muito forte e não resistir. Ela está a muito tempo sem tomar água, com fome, ela já deve estar se sentindo fraca, cansada, precisando de um banho”, disse.
Débora desapareceu no último sábado (17). A família mora no assentamento Canto Grande. No final de semana, os bombeiros verificaram a área que fica próxima de um córrego sem água. No local foi encontrado um par de chinelo que pertence a Débora e pegadas. A ação ainda contou com o apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
Segundo a mãe, Débora teve um dia normal no sábado. Ela andava bastante indo e voltando da casa da tia. “Tomou café da manhã. Ficou andando sempre no quintal. Ia na casa da tia que mora aqui do lado. Toda hora ela saía e voltava para casa. E aí de repente ela saiu e eu percebi que ela não estava mais ali”.
De acordo com a família, por causa do nível do autismo, a vítima ainda age como uma criança. Ela não sabe falar bem e não conhece o próprio endereço. Emocionada, a mãe diz que o desaparecimento da filha tem a preocupado bastante, a ponto de perder a fome.
“Eu entrego nas mãos de Deus. Que Deus abençoe, que por onde ela esteja que Deus venha proteger ela e que não deixe nada de ruim acontecer com ela. Difícil demais, a gente não consegue comer. Só queria ela de volta”, contou a mãe.
Além da família, amigos também ajudam a procurar Débora. Segundo os bombeiros, as últimas pistas foram vistas próximas ao asfalto que leva ao Assentamento Irmã Adelaide.
“Fica aqui o meu apelo a comunidade, por informações concretas que vai ajudar. É um momento delicado para amigos e familiares. Então a gente precisa sim dessas informações da comunidade. Para todos aqueles que chegar essa notícia do desaparecimento da Débora, [a informação] é bem-vinda e vai nos ajudar com certeza”, explicou o pastor da igreja que a família frequenta, Alexandre Ferreira.
Segundo o corpo de bombeiros o helicóptero do Ciopaer deve retornar as buscas quando novas pistas forem encontradas.