
Três meninas, com idades entre 6 e 10 anos, foram resgatadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (1º) após denúncias de abuso sexual e negligência familiar na zona rural de Nova Olinda, no norte do Tocantins. As crianças foram acolhidas em um abrigo em Araguaína e, segundo o delegado responsável pelo caso, Fellipe Crivelaro, demonstraram alívio ao serem retiradas do local.
“Foi possível perceber o quanto estavam aliviadas. Começaram a brincar, a sorrir. Queriam sair daquele ambiente onde viviam situações muito difíceis”, relatou Crivelaro.
Condições insalubres e negligência
A residência onde as meninas viviam foi descrita pelas autoridades como um espaço com péssimas condições de higiene e conforto. O local era pequeno, com colchões sujos, brinquedos espalhados e estrutura precária. “Não era um ambiente adequado para nenhuma criança. Havia sinais claros de abandono e negligência”, afirmou o delegado.
Prisões e investigação
A Polícia Civil prendeu preventivamente três pessoas:
- O padrasto das crianças, de 40 anos;
- A mãe, de 25 anos;
- O tio, irmão do padrasto, de 37 anos.
Os dois homens são investigados por estupro de vulnerável. A mãe, embora não tenha cometido os atos diretamente, também responde pelo mesmo crime por omissão, já que, na condição de responsável legal, não protegeu as filhas.
Como o caso chegou às autoridades
O Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima no fim de abril, o que deu início às investigações. As crianças foram submetidas a exames no Instituto Médico Legal (IML), que confirmaram os abusos. Uma das meninas apresentava lesões que exigiram cuidados específicos durante a perícia.
Próximos passos
As vítimas agora estão sob proteção do Estado e passarão por escuta especializada, procedimento que garante um ambiente seguro e humanizado para o relato dos fatos. O inquérito está em andamento, e os suspeitos seguem presos enquanto aguardam o andamento judicial do caso.
Importância da denúncia
O delegado Crivelaro reforçou o papel fundamental da comunidade na proteção da infância:
“Casos como esse só chegam até nós quando alguém decide agir. É essencial que vizinhos, professores ou qualquer cidadão fiquem atentos e denunciem sempre que houver sinais de violência.”
Canais para denúncia:
- Disque 100 – Central de Direitos Humanos
- Conselho Tutelar do município
- Polícia Civil – 190 ou delegacia mais próxima
“Nenhuma criança deve passar por situações de violência. A denúncia é uma forma de proteção e pode fazer toda a diferença”, concluiu o delegado.
Por: Redação | Portal Imediato.