
Em meio a uma grave crise no transporte coletivo, a Prefeitura de Palmas firmou um contrato emergencial com a empresa Sancetur para operar o sistema de transporte público da capital por 12 meses. O acordo, publicado no Diário Oficial do Município nesta terça-feira (15), tem valor estimado em R$ 196,2 milhões.
De acordo com a gestão municipal, a Sancetur deverá disponibilizar 140 ônibus e 10 vans totalmente novos, todos equipados com ar-condicionado, câmeras de monitoramento, acessibilidade e capacidade mínima para 40 passageiros. A medida busca atender às constantes reclamações dos usuários sobre superlotação, atrasos frequentes e a precariedade da frota atual.
A contratação ocorre após anos de insatisfação popular e protestos, agravados desde que a própria prefeitura assumiu a gestão direta do sistema em 2022, por meio da Agência de Transporte Coletivo de Palmas (ATCP). A mudança foi motivada por impasses com as empresas privadas que antes operavam o serviço, especialmente em relação ao reajuste das tarifas.
Mesmo com a municipalização, os problemas persistiram. Agora, o prefeito José Eduardo Siqueira Campos (Podemos), eleito em 2024, tenta cumprir a promessa de campanha de reestruturar completamente o sistema e viabilizar, futuramente, uma nova concessão por meio de parceria público-privada (PPP).
O presidente da ATCP, Wallace Pimentel, atribui a situação atual à gestão anterior, classificando o serviço como “carente” e “deficitário”. “O município tem a obrigação de realmente prestar um serviço de qualidade para os usuários”, afirmou.
O decreto que autoriza a nova concessão foi assinado em 13 de janeiro de 2025 e prevê a entrega de 180 ônibus pela empresa vencedora da licitação. Na ocasião, a prefeitura informou que a tarifa voltaria ao valor padrão de R$ 3,85 com a retomada da concessão. No entanto, o contrato emergencial com a Sancetur não detalha a data de início da nova operação nem se haverá alteração imediata no preço das passagens.
Por: Warley Costa | Portal Imediato.