A Polícia Civil indiciou três suspeitos pela morte de Leandro Ribeiro Nogueira, 32 anos. Ele foi morto a tiros enquanto andava de moto pelo Jardim Aureny I, em junho deste ano. O crime aconteceu na rua em frente a uma escola.
Durante a manhã desta terça-feira (28), a Delegacia de Homicídios cumpriu três ordens de prisão e mais cinco mandados de busca. Os alvos das prisões já estavam detidos na Unidade Penal de Palmas.
Os investigados são: W.O.C. (Luxúria ou LX), 28 anos; L.F.M.G. (Beira Lago), 25 anos; e O.L.A. (Neguinho das Armas), 27 anos. Os mandados de buscas foram cumpridos nas celas dos três presos e no endereço de mais dois investigados.
Leandro foi morto quando andava de moto. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele passou de moto na frente de uma escola, sendo perseguido pelos criminosos.
Segundo a Polícia Civil, a morte de Leandro Ribeiro também aconteceu no contexto de guerra entre grupos criminosos.
“Como demonstramos durante a coletiva de imprensa realizada na semana passada, temos provas contundentes de que o LX é o mandante de vários outros crimes de homicídio ocorridos no primeiro semestre deste ano na Capital”, disse o delegado Eduardo Menezes.
Ainda segundo a polícia, essas prisões fazem parte da terceira fase da Operação Gotham City.
Líderes da organização
LX é apontado como número um de uma facção atuante no Tocantins. Conforme as investigações da Polícia Civil, LX ao lado de Carlos Augusto Silva Fraga, o Dad Charada, são responsáveis pela onda criminosa que aterrorizou a capital no primeiro semestre do ano.
O delegado Eduardo Menezes afirmou que LX teria sido o responsável por recrutar Carlos Augusto Silva Fraga, o Dad Charada, de um grupo criminoso rival. Depois, eles supostamente começaram uma guerra contra a antiga facção de Charada pelo controle do tráfico de drogas.
Em uma conversa interceptada pela polícia, Charada enviou áudio dizendo que perdeu a conta das mortes que estava envolvido.
Relembre
Em 2023 Palmas passou por uma onda de violência e assassinatos sem precedentes. Até o fim de junho a cidade registrou 90 mortes. O aumento foi de 210% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando tinham sido 29.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) atribui mais de 60% das mortes à guerra de facções. Apesar disso, levantamento feito pelo g1 com dados da própria SSP, apontaram que mais da metade das vítimas de homicídio até 15 de maio não tinham passagem pela polícia.