A Polícia Civil confirmou nesta terça-feira (29) a veracidade das imagens que mostram parte dos assassinatos de Ricardo Barra Guimarães e Ikaro Felipe Santos de Sousa. Os dois foram torturados e executados com tiros e facadas em uma kitnet na Arse 14 (110 Sul), em junho deste ano.
Ricardo e Ikaro foram mortos em meio a uma onda de assassinatos que tomou conta da capital durante o primeiro semestre do ano. Segundo a polícia, ambos foram executados no contexto da briga entre facções criminosas.
Cinco suspeitos foram identificados pela polícia como autores do crime. Quatro estão presos e o outro é considerado foragido. Segundo a investigação, após torturarem e matarem as duas vítimas, os criminosos foram para um hotel e comemoraram o crime, ostentando armas, drogas e dinheiro em vídeos.
As imagens começaram a circular nas redes sociais ainda na época do crime. As duas vítimas aparecem em um quarto, com os pés e mãos amarrados com braçadeiras e sinais de agressão. O vídeo não mostra o momento da execução.
Outro vídeo mostra os criminosos, após fugirem do local do crime, comemorando com drogas e armas.
Quatro suspeitos foram presos pela polícia suspeitos das mortes. A última prisão foi de Ronaldo Welton Carvalho de Sousa. Ele foi capturado nesta terça-feira (29), por agentes da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio do 1º Batalhão da Polícia Militar.
A polícia disse que conseguiu chegar aos suspeitos após ouvir testemunhas, informantes e analisar vídeos postados em redes sociais. São investigados:
- Samuel Martins da Silva, 28 anos
- Dionatha Lima da Silva, 32 anos, vulgo “Jhony Dragão”
- Ronaldo Welton Carvalho Sousa, 23 anos
- Roberto Júnior Resende Araújo, 20 anos
- Jhonatan Martins Caldeira, 23 anos, vulgo “RJ”
A participação específica de cada suspeito ainda está sendo detalhada pela polícia.
“Esse foi um crime que chocou a cidade e ao qual nós estamos conseguindo dar resposta efetiva. A motivação está ligada a rivalidade entre facções criminosas. Esses indivíduos são perigosos e se acham acima da justiça. Durante a prisão, o homem chegou a debochar e exaltar a criminalidade”, contou o delegado Israel Andrade.