
Trabalhadores com carteira assinada já podem trocar empréstimos mais caros por crédito consignado com juros reduzidos, por meio do Programa Crédito do Trabalhador. A partir desta sexta-feira (25), 70 instituições financeiras estão autorizadas a oferecer a migração de dívidas diretamente em seus sites e aplicativos.
A iniciativa permite que quem tem empréstimo consignado tradicional ou Crédito Direto ao Consumidor (CDC) contratado com o banco possa trocar pela nova linha com juros mais acessíveis. Enquanto o CDC costuma cobrar taxas entre 7% e 8% ao mês, o novo programa oferece crédito com juros médios de 3% mensais — chegando a 1,6% em alguns bancos.
A portabilidade, por enquanto, só pode ser feita dentro do mesmo banco em que a dívida original foi contratada. A migração pela Carteira de Trabalho Digital ainda não está disponível.
De acordo com a medida provisória que criou o programa, a troca de crédito deve, obrigatoriamente, resultar em juros menores — pelo menos até o dia 21 de julho. Se houver margem consignável, o trabalhador ainda pode solicitar um novo empréstimo com as novas condições.
A partir de maio, a expectativa é que o programa permita a portabilidade entre bancos diferentes, aumentando a concorrência e a chance de encontrar ofertas ainda mais vantajosas.
Além de empréstimos consignados e CDCs, o Crédito do Trabalhador também pode ser usado para quitar dívidas no cheque especial ou cartão de crédito, desde que o trabalhador renegocie o débito com a instituição antes de contratar o novo crédito.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, mais de R$ 8,2 bilhões já foram liberados por meio do programa, com mais de 1,5 milhão de contratos firmados até esta quinta-feira (24). A média dos contratos é de R$ 5.491,66, divididos em 16 parcelas de aproximadamente R$ 335,51. Os estados com maior volume de adesões são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Por: Warley Costa | Portal Imediato.