O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve a condenação de um homem à pena de 13 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de estupro, ato libidinoso e conjunção carnal mediante fraude religiosa. A decisão foi proferida em 22 de outubro de 2024, e envolve crimes cometidos na cidade de Guaraí. A sentença é resultado de um processo que investigou abusos sexuais praticados por um homem que se utilizava de sua posição de líder espiritual para manipular e explorar adolescentes.
O réu, que atuava como pastor de jovens em uma igreja evangélica, abusou de sua autoridade religiosa para cometer atos sexuais contra dez adolescentes, sendo sete rapazes e três moças. De acordo com a denúncia do MPTO, o acusado se aproveitou da confiança que seus seguidores depositavam nele, oferecendo “ajuda espiritual” para tratar de questões como abuso infantil, pornografia e masturbação. No entanto, o que parecia ser um aconselhamento espiritual escondia abusos sexuais, incluindo toques íntimos sem consentimento e o envio de fotos de cunho sexual.
A acusação, formalizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Guaraí, revelou que o réu se autodenominava “pai espiritual” com base em testemunhos e ainda segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado praticou estelionato religioso. Como forma de “tirar um demônio” e “espírito de masturbação” de adolescentes, o pastor fazia a pratica dos crimes. O processo tramita em segredo de justiça e há a possibilidade de existir um maior número de vítimas.