Marido acusado de assassinar professora dentro de casa enfrenta júri popular e filhos falam sobre a dor: ‘Complicado superar’

Crime aconteceu em 2021, em Pequizeiro. A leitura da sentença deve acontecer no final da tarde desta quarta-feira (24), por volta das 17h.
Foto: Divulgação

Washington Luiz Santana de Oliveira, suspeito de matar a professora Elisabeth Figueiredo, é julgado nesta quarta-feira (24), no fórum de Guaraí. O crime aconteceu em junho de 2021, em Pequizeiro. A professora, de 60 anos, foi encontrada morta em casa com um tiro na cabeça.

Segundo o Tribunal de Justiça as testemunhas já foram ouvidas e a leitura da sentença deve acontecer no final da tarde desta quarta, por volta das 17h. 

O filho de Elisabeth, Luiz Paulo Figueiredo, disse que espera por uma decisão que estabeleça uma pena longa.

“A gente acredita que a justiça vai ser feita, que Deus sempre vai estar do nosso lado. Só que como é uma coisa que depende de outras pessoas e não depende da gente, a gente fica na dúvida se realmente a pena vai ser grande, que é o que a gente espera”, contou.

Na época em que o crime aconteceu, Luiz e a esposa tinham acabado de saber que seriam pais de uma menina. Segundo o filho, a mãe sonhava em ter uma neta.

“Da forma como foi, repentinamente, e da forma cruel como foi é impactante né? Eu não tinha a minha filha ainda. A minha esposa estava grávida, tinha acabado de descobrir que seria uma menina. O sonho da minha mãe era ter uma neta e infelizmente ela não teve a oportunidade de conhecer a neta dela”.

Por causa da morte de Elisabeth, um de seus filhos, Paulo Henrique Figueiredo, precisou de tratamento psicológico. “Desenvolvi patologias, adoeci, tive que procurar tratamento com psicólogo, psiquiatra. Foi muito complicado para conseguir superar isso”.

Relembre o caso

A professora foi morta em junho de 2021. O marido de Elisabeth foi preso suspeito por feminicídio. Na época, o homem disse a polícia que a esposa tinha cometido suicídio, mas uma testemunha contou que viu o marido da vítima atirando contra ela após uma discussão entre o casal.

Inicialmente o caso foi registrado como suicídio pela Polícia Militar após um telefonema informando que uma pessoa havia se matado em uma casa. Quando os militares chegaram no local, o irmão da vítima disse que viu o suspeito com roupas sujas de sangue, mas que o homem não lhe deu explicações sobre o que teria acontecido.

Testemunhas informaram à polícia que o casal tinha várias brigas, mas que a professora nunca chegou a registrar uma denúncia contra o agressor.

Em julho do mesmo ano, o Ministério Público do Tocantins ofereceu denúncia contra Washington Luiz. O documento relatava que o marido teria ficado agressivo após exigir que Elisabeth lhe entregasse a chave do veículo e ela se recusar. Por causa disso, ele teria agredido a professora, jogado ela no chão da garagem e efetuado um disparo no olho esquerdo da vítima.

Busca por justiça

Após morte de professora, amigos e ex-alunos fazem protesto contra casos de feminicídio no TO — Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Em junho de 2022, amigos, familiares e ex-alunos de Elisabeth fizeram um protesto em Pequizeiro, pedindo justiça pela morte da professora. Nos cartazes tinham mensagens como “Tia Beth, as lágrimas expressam a grande saudade” e “enquanto existir lembrança a saudade é eterna”.

Elisabeth chegou à cidade na década de 70 e era bastante conhecida pelos moradores. A vítima era professora aposentada e, durante a sua trajetória profissional, foi diretora de um colégio estadual na cidade. Na época do crime a prefeitura da cidade decretou três dias de luto.

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