Crise sem precedentes: Rússia dá um ultimato para o Ocidente e fala em reagir – “Todas as linhas vermelhas já foram cruzadas”

Presidente Vladimir Putin
EUA cruzam as linhas vermelhas na guerra da Ucrânia – Foto: Sasha Mordovets/Getty Images

Dmitry Polyanskiy, o primeiro vice-representante russo permanente na ONU, disse à Newsweek que acredita que os EUA e outros estados membros da OTAN estão “jogando óleo no fogo” ao fornecer à Ucrânia ajuda militar e armas para ajudar na luta contra a Rússia, e que os americanos e seus aliados já cruzaram todas as “linhas vermelhas do presidente Putin”.

“Todas as linhas vermelhas já foram cruzadas pelos países ocidentais. Já existe um envolvimento semidireto da OTAN no conflito porque não é apenas armamento, mas é inteligência. É a situação em que os alvos de certos sistemas de artilharia, em particular o HIMARS, podem ser atingidos apenas com a coordenação com Washington, e isso foi reconhecido pelas autoridades ucranianas”, disse Polyanskiy.

Em sua fala, o diplomata russo parecia estar se referindo a uma história do The Washington Post de 9 de fevereiro. Ele relatou que três altos funcionários ucranianos e um alto funcionário dos EUA disseram que a Ucrânia requer coordenadas fornecidas ou confirmadas pelos EUA e seus aliados para a grande maioria dos ataques, usando HIMARS e outras armas guiadas de precisão semelhantes, como o sistema de foguetes de lançamento múltiplo M270.

“Isso significa que a OTAN não está apenas fornecendo armas, mas também está escolhendo os alvos para os ataques ucranianos. Então, o que é isso senão envolvimento direto no conflito?” disse ele.

Polyanskiy também disse que há mercenários de países ocidentais lutando pela Ucrânia: “Sabemos disso pelas pessoas que capturamos e pelos corpos que vemos no campo de batalha. Sim, não há tropas da OTAN no terreno, e os países da OTAN consideram isso uma linha vermelha. Mas, pelo que entendemos, as linhas vermelhas já foram cruzadas”.

Ele continuou: “E isso afetará, é claro, nossas relações futuras com os países envolvidos. É absolutamente claro que qualquer entrega de armas para a zona de conflito, é claro, é como jogar óleo no fogo”.

Fora isso, Polyanskiy não descartou a possibilidade de a Rússia retaliar militarmente contra os EUA em resposta a tais ações. “Se você está lidando com uma potência nuclear e está citando o objetivo de infligir uma derrota a esta potência nuclear, você deve ter todas as opções em mente para nossa possível resposta”, afirmou o diplomata.

Fonte: Newsweek

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