A caravana de tocantinense que estava em Israel e foi repatriada em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou durante a madrugada desta quarta-feira (11) em Brasília. O voo, que partiu de Tel Aviv na terça-feira (10), durou aproximadamente 14 horas.
Neste primeiro voo da FAB foram repatriados 211 brasileiros. Dentre eles, estavam 17 pessoas que integravam uma delegação liderada pelo pastor araguainense Israel Bueno Júnior, de 53 anos.
A previsão é de que oito tocantinense cheguem ao estado na noite desta quarta-feira (11). Os outros membros da delegação foram para outros estados.
“Graças a Deus já pousamos, estamos em solo brasileiro. Estamos em Brasília agradecidos a Deus por termos a oportunidade de termos sido repatriados no primeiro voo que saiu de Tel Aviv. Estamos sãos e salvos. Agradecemos as autoridades brasileiras pela maneira que trabalharam”, disse o pastor Israel Bueno Júnior, de 53 anos.
O grupo liderado pelo pastor era compostos por 36 brasileiros, sendo que após os ataques apenas 13 conseguiram voltar para o Brasil neste último final de semana, 17 ficaram em Israel depois que os voos foram cancelados, e seis compraram passagem de volta, indo pela Etiopia.
Em outra caravana, 64 brasileiros tiveram que interromper o passeio depois dos ataques de Hamas ao país. Ambos os grupos ficaram hospedados em um hotel em Jerusalém.
De acordo com o último balanço divulgado, pelo menos 1.300 pessoas morreram, sendo 800 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia.
A guerra
Os combatentes do grupo extremista islâmico armado Hamas conseguiram atacar 22 locais em Israel neste sábado (7). O ataque envolveu ações por terra e ar, o que levou as autoridades a declararem estado de guerra.
Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”. O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.
Segundo os serviços de emergência, mais de mil pessoas morreram em Israel e na Faixa de Gaza. Outras milhares de pessoas ficaram feridas.
Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação “Espadas de Ferro” e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.
O que aconteceu em Israel?
Como foi o ataque?
As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
- Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
- Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.
Como foi a resposta de Israel?
Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
- “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
- “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
- Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
Quantas pessoas morreram?
O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.100 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 900 mortes de palestinos.
O que é e onde fica Faixa de Gaza?
É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
- Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
- Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
- Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.