A forças-tarefa criada para realizar as buscas pelo menino de 11 anos que desapareceu de uma aldeia indígena retomaram os trabalhos nesta quinta-feira (25). No momento são feitas buscas no trecho que liga as aldeias Utaria e Macaúba. Além das dificuldades de acesso na mata fechada, a chuva tem dificultado o uso de drones e a previsão é de mais água nos próximos dias. A criança está desaparecida desde o último domingo (21).
Na segunda-feira (22) os bombeiros rastrearam vestígios e pegadas do menino, mas a chuva acabou apagando as marcas. A preocupação da família aumentou quando o último cachorro que acompanhava a criança voltou sozinho para casa.
Nesta quarta-feira (24), a família teve um pequeno alívio. Segundo os bombeiros, o cacique Rodrigo Karajá, chegou a ver a criança na região, mas quando tentou chegar perto o menino correu e não foi mais visto. Depois da notícia do cacique, as equipes concentraram as buscas na área com apoio de drones termais, mas a chuva atrapalhou as atividades.
O vídeo acima mostra o grupo trabalhando debaixo de chuva na tarde desta quarta. Conforme os bombeiros, o rastreio está concentrado no trecho que liga as aldeias Utaria e Macaúba. A previsão é de mais chuva na região nos próximos dias.
Cerca de 50 pessoas estão envolvidas nas buscas. Integram a equipe os bombeiros tocantinenses e de Mato Grosso, cães farejadores, policiais militares do Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Militar do Tocantins (Graer), agentes do Ibama, cinco drones termais e grupos de indígenas Karajás que se organizam em mutirões para participarem dos trabalhos durante toda a madrugada.
Relembre
Na noite de domingo, os moradores da aldeia e parentes do menino chegaram a andar pela mata para tentar localiza-lo, mas sem sucesso. Os bombeiros explicaram que um vaqueiro disse aos familiares o viu passar correndo na Aldeia Utaria, distante 15 km da Aldeia Macaúba.
Desde o dia do desaparecimento, as buscas acontecem por terra e água. Os indígenas também percorreram de canoa os rios que circundam a mata na tentativa de ter pistas do garoto.
Os bombeiros informaram que criança chegou a ser vista por um vaqueiro a cerca de 15 km da aldeia em que desapareceu. Mas como ele não sabia sobre o desaparecimento e é comum ter crianças andando sozinhas na área, ele não tentou abordar o menino.