A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (26) uma operação contra o ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), investigado por envolvimento em um esquema de fraude em licitações.
Entenda o Caso
A operação apura crimes de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e peculato. Ao todo, estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Palmas, Gurupi e Dianópolis, além de medidas cautelares diversas de prisão. As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Palmas.
A investigação envolve a licitação de uma empresa contratada em 2018 pela extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação, responsável pela locação de caminhões, fornecimento de combustível e manutenção preventiva e corretiva para a Ageto (Agência Tocantinense de Transportes e Obras). Segundo a PF, o contrato é suspeito de desvio de recursos públicos.
O Portal Imediato tentou contato com o ex-governador Mauro Carlesse, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.
Outras Operações Recentes no Tocantins
Esta é a terceira operação da PF em uma semana no estado. A primeira, deflagrada na quarta-feira (21), teve como alvo o atual governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), investigado por suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de covid-19. Barbosa, que foi vice-governador na gestão de Carlesse e assumiu o cargo em 2021 após a renúncia do ex-governador para evitar um processo de impeachment, foi reeleito em 2022.
A segunda operação mirou a alta cúpula do Judiciário tocantinense, investigando a presidente do Tribunal de Justiça, Etelvina Maria Sampaio Felipe, a vice-presidente Ângela Maria Ribeiro Prudente e os desembargadores Angela Issa Haonat e João Rigo Guimarães, este último também presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças judiciais.