O mecânico de 38 anos suspeito de ameaçar e atear fogo no telhado de palha da casa da ex-companheira foi solto nesta quinta-feira (14) pela Justiça. Ele tinha sido preso pela Polícia Militar (PM) na quarta-feira (13). Ele foi proibido de consumir bebida alcoólica.
O suspeito, conhecido como “Caboclo”, não aceitava o fim do relacionamento com a ex-companheira. Durante a noite ele foi até a casa dela, desligou o padrão de energia, a ameaçou e colocou fogo no telhado da casa.
A situação ocorreu no povoado Morro Grande, em Barra do Ouro. No momento, a vítima estava dentro de casa com quatro filhos e um sobrinho. Ao perceber o fogo, pegou os filhos, correu e pediu ajuda aos vizinhos, que ajudaram a apagar as chamas.
O documento que concede liberdade provisória, a que o Jornal do Tocantins teve acesso, é assinado pela juíza Cirlene Maria de Assis Santos Oliveira, que também aplicou medidas cautelares diversas da prisão.
Para a juíza, embora haja indício de que o mecânico possa ter praticado o crime, “não há elementos nos autos que demonstrem algum perigo gerado pelo estado de liberdade do conduzido”.
A juíza também entendeu que não há outros “elementos” que indiquem que o mecânico voltará a cometer infrações penais ao ser colocado em liberdade. Ele não responde a processos criminais atualmente.
“Entendo que o deferimento de medidas protetivas de urgência garantirá a preservação das integridades física e psicológica da vítima, notadamente a imposição de que o ora flagrado dela não se aproxime”, disse a juíza.
O mecânico está impedido de ingerir álcool e de frequentar locais que comercializem; não poderá mudar de endereço sem comunicar o juízo e deve comparecer a todos os atos processuais quando for intimado. Caso descumpra, a Justiça poderá decretar a prisão preventiva.
Entenda
O incêndio foi registrado no povoado Morro Grande, em Barra do Ouro, no fim da noite de segunda-feira (12). O suspeito foi preso pela Polícia Militar na tarde de quarta-feira (13), após ser encontrado em um bar fazendo ameaças à ex-mulher.
Ele teria usado um isqueiro para colocar fogo.
“Ele continuou chamando e falou: “Vai responder não né?”. Aí foi lá no padrão e desligou a energia. Fiquei paralisada e escutei o isqueiro. Pensei que ia fumar um cigarro, mas quando olho para o teto da casa estava uma fumaceira”, contou a vítima à polícia.