
Recentes pesquisas publicadas em revistas científicas internacionais destacam uma crescente preocupação sobre o uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes. Os estudos revelam que quadros depressivos, sentimentos de solidão e estresse estão emergindo como possíveis gatilhos para o uso de vapes entre jovens, com o pico de uso ocorrendo aos 14 anos.
De acordo com um levantamento anterior da Organização Mundial da Saúde (OMS), 16% dos adolescentes de 13 anos já haviam experimentado cigarros eletrônicos, percentual que sobe para 32% aos 15 anos. No Brasil, dados do IBGE mostram que quase 17% dos adolescentes entre 13 e 17 anos também relataram ter usado o cigarro eletrônico.
Além de confirmar o perfil já conhecido dos usuários de vapes, os novos estudos trazem à tona uma preocupação adicional: a relação potencial entre problemas de saúde mental na adolescência e a probabilidade de uso de cigarros eletrônicos.
“Essa conexão pode surgir de uma série de fatores interligados, como predisposição genética, gatilhos sociais ou ambientais, e o uso de cigarros eletrônicos como uma válvula de escape para sentimentos negativos”, explica Siobhan O-Dean, pesquisador da Universidade de Sydney e autor de um dos estudos.
As novas evidências ressaltam a necessidade urgente de estratégias de prevenção e suporte para a saúde mental dos adolescentes, visando reduzir o impacto negativo do uso de vapes e promover um ambiente mais saudável para os jovens.
Edição: Warley Costa