Por ser referência em diagnóstico e tratamento para várias doenças e agravos, Araguaína é o município que mais notificou casos de malária no Estado. Conforme o CCZ (Centro de Controles de Zoonoses), de janeiro a junho de 2023, foram registrados 72 casos suspeitos da doença na cidade e dois foram confirmados.
Contudo, desde 2006, 100% dos diagnósticos positivos foram de pacientes que contraíram a doença fora do município. Ainda segundo o CCZ, o trabalho realizado pela equipe epidemiológica consegue detectar e acompanhar os casos para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento eficaz.
“O objetivo é diminuir a carga de transmissão, eliminar e prevenir a reintrodução da malária. Portanto, é fundamental que as ações de vigilância sejam constantes e ininterruptas para continuarmos sem registros de casos residentes”, explica a médica veterinária, Ketren Carvalho.
Malária e sintomas
A malária é uma doença causada pelo parasita Plasmodium, um protozoário, transmitido pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Além de se reproduzir em regiões de mata, o transmissor também pode se proliferar em recipientes com água parada. Os principais sintomas da doença são náuseas, vômitos, febre alta e cansaço. Em casos mais graves, a pessoa infectada pode sofrer convulsões e hemorragias, que podem levar à morte.
A maioria dos casos de malária se concentra nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Apesar de pertencer à Região Amazônica, o Tocantins é considerado área não endêmica pela baixa incidência de malária, porém ainda com risco de transmissão da doença.
Tratamento
Pacientes confirmados para malária na atenção primária são referenciados ao HDT (Hospital de Doenças Tropicais). Após o início do tratamento, a equipe municipal da Vigilância Epidemiológica e de controle da doença acompanha o caso e realiza exames e coleta de sangue entre o 3° e o 63° dia.
Prevenção
As medidas simples de prevenção contra a malária são o uso de repelentes, mosquiteiros, telas nas janelas e roupas que protejam pernas e braços.
De acordo com o superintendente da Vigilância em Saúde, Eduardo Freitas, o trabalho estratégico de investigação e resposta aplicado em Araguaína contribui para a detecção e tratamento oportuno dos casos.
“Além de monitorar as doenças transmissíveis, pontuamos o cuidado integral da saúde das pessoas. Nos casos de malária, cada paciente foi atendido e assistido pela equipe para que não houvesse transmissão dentro de Araguaína”, disse o superintendente.
Estratégia contínua
A Secretaria da Saúde de Araguaína, por meio da Vigilância Epidemiológica, têm conseguido manter a ausência de casos autóctones de malária a cada ano, mesmo no período sazonal da doença, durante as chuvas, quando ocorre aumento no número de casos. O município, que já é atuante na identificação e no tratamento de doenças, agora trabalha para intensificar o plano nacional de eliminação da malária, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, que tem como meta zerar os casos da doença no país até 2035.
Fonte: Ascom Araguaína