
A cidade de Formoso do Araguaia, no sul do Tocantins, recebeu nesta segunda-feira (7) a abertura da 1ª Semana Nacional de Saúde, com foco especial no atendimento a mulheres indígenas da região da Ilha do Bananal. O evento reuniu autoridades, como o governador Wanderlei Barbosa e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, além de lideranças locais.
Até quinta-feira (11), a ação vai levar serviços de saúde e cidadania para mais de 600 pessoas, em 13 aldeias da Ilha. A programação inclui exames ginecológicos, pré-natal, mamografia, ultrassonografia, consultas pediátricas e oftalmológicas, além de ações educativas.



Durante a abertura, o governador destacou a importância de ouvir e atender as comunidades indígenas. “Estamos aqui para cuidar do nosso povo originário. Esse momento representa respeito e compromisso com quem vive aqui”, disse.
O ministro Dias Toffoli também reforçou a importância da iniciativa. “É fundamental sair dos gabinetes e conhecer de perto as dificuldades das pessoas. Estamos garantindo direitos e levando atendimento onde mais precisa”, afirmou.

Antes da solenidade, o governador e outras autoridades se reuniram com representantes dos povos Javaé e Kanela no Fórum da cidade. Na conversa, as lideranças apresentaram demandas das comunidades. A cacique Lucirene Javaé, primeira mulher a ocupar o cargo no Tocantins, agradeceu a presença dos órgãos públicos e disse que “o mais importante é que estamos sendo ouvidos”.
Além da parte médica, a ação também oferece emissão de documentos, como registro civil e a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), facilitando o acesso das comunidades indígenas a outros serviços. A Semana Nacional de Saúde é organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Conheça a Ilha do Bananal
A Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 mil km². Fica entre os rios Araguaia e Javaés e abriga uma rica biodiversidade, sendo considerada Reserva da Biosfera pela Unesco. É morada tradicional de povos indígenas como Karajá-Javaé, Avá-Canoeiro e Tapirapé, distribuídos em diversas aldeias.
Por: Warley Costa | Portal Imediato.