
A defesa da digital influencer palmense Dheovana França, indiciada por lavagem de dinheiro e pela promoção do ‘jogo do tigrinho’, após investigações revelarem que mais de R$ 10 milhões foram movimentados em sua conta através de 258 transações, majoritariamente via Pix, em apenas seis meses.
Antes de acumular um patrimônio avaliado em mais de R$ 7 milhões, Dheovana França trabalhava como manicure, o que intensificou as suspeitas sobre a origem dos fundos.
Em nota, a defesa da acusada afirmou que irá demonstrar a legalidade dos recursos. O advogado Indiano Soares destacou que toda a prova documental será apresentada em momento oportuno para confirmar que as quantias investigadas têm origens legítimas.
A defesa enfatizou ainda que as leis brasileiras, inclusive a recente Portaria 1.207/2024 e a Lei n.º 13.756/2018, não criminalizam a prática de apostas em plataformas legalizadas, reforçando que a influencer utilizava esses meios apenas para apostas pessoais, sem qualquer envolvimento na organização ou promoção de jogos de azar ilegais.
O delegado Elirio Putton Junior comentou que, apesar de Dheovana França afirmar que realizava apenas divulgações publicitárias legais, as provas sugerem que ela induzia os seguidores ao erro, incentivando-os a apostar, com técnicas que aumentariam as chances de ganhos. Se condenada, ela pode pegar até 40 anos de prisão.