A Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) está à frente de um trabalho inédito que vai ajudar a incluir a população cigana no próximo Censo do IBGE. Os primeiros resultados do mapeamento foram apresentados no dia 28 de maio, durante o Seminário “Dados do Mapeamento Inicial de Famílias Ciganas, Rotas, Redes e Acesso às Políticas Públicas”, realizado em Brasília.
Coordenando a região Norte do Brasil, as professoras Maysa Oliveira e Chirley Mendes, do curso de Ciências Sociais do Câmpus de Tocantinópolis (UFNT), participaram do evento e destacaram a importância do levantamento para combater a invisibilidade social e o preconceito enfrentado por essas comunidades.
“É o primeiro levantamento do tipo no Brasil e vai ajudar o IBGE a contar essa população no Censo, além de oferecer dados essenciais para a criação de políticas públicas específicas”, afirmou a professora Maysa.
Tocantins: 28 municípios com famílias ciganas
Na região Norte, a pesquisa passou pelos estados do Tocantins, Pará e Amazonas. No Tocantins, foram identificadas famílias ciganas em 28 municípios, além da única associação cigana da região norte, com sede em Palmas.
Reconhecimento nacional
O evento contou com a presença de representantes do Ministério da Igualdade Racial, como o secretário Ronaldo Santos, a diretora Paula Balduino e a coordenadora-geral Edilma Nascimento, além de lideranças ciganas e pesquisadores de outras regiões.
O mapeamento nacional é fruto de uma parceria entre o Ministério e a Universidade Federal de Jataí, que coordena o projeto. Outras instituições como UFNT, UFMA, UFSC e UFF também participam, cada uma responsável por uma região do país.
“Esse trabalho mostra que a UFNT tem diálogo com o governo federal, protagoniza parcerias relevantes e está comprometida com causas sociais e com os povos tradicionais”, concluiu Maysa Oliveira.
Por: Redação | Portal Imediato.
