
Mês de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) intensifica as ações voltadas à saúde mental com o movimento Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização para a prevenção do suicídio. Com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, a iniciativa busca alertar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental, um tema que afeta pessoas de todas as idades e classes sociais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas tiram a própria vida anualmente, e muitos casos ainda são subnotificados. O médico psiquiatra Leonardo Baldaçara, coordenador do serviço de psiquiatria do Hospital Geral de Palmas (HGP), ressalta a importância de buscar ajuda especializada para avaliar a gravidade da situação e definir o tratamento adequado. “A melhor prevenção é procurar atendimento especializado”, orienta o psiquiatra.
Rede de Apoio
O Tocantins conta com uma rede de apoio psicossocial, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede de Atenção Psicossocial do Estado inclui 21 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) distribuídos em municípios como Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins, Palmas, Gurupi, Araguaína, entre outros. Além disso, há 32 leitos psiquiátricos disponíveis, sendo 10 no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e 22 no HGP.
Se você ou alguém que conhece precisa de ajuda, busque orientação em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou entre em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Dados Alarmantes
Em 2023, o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da SES-TO registrou 159 mortes por suicídio no Estado. Apenas nos primeiros sete meses de 2024, já foram contabilizados 102 casos. Dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2016 e 2021, as taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos aumentaram 49,3%, e entre crianças de 10 a 14 anos, o crescimento foi de 45%.
No Brasil, as taxas de suicídio são significativamente mais altas entre homens, com 12,6 mortes por 100 mil habitantes, em comparação com 5,4 por 100 mil entre mulheres. Globalmente, as taxas mais altas de suicídio masculino ocorrem em países de alta renda, enquanto as maiores taxas femininas estão em países de renda baixa ou média.
A campanha Setembro Amarelo reforça a mensagem: a saúde mental deve ser uma prioridade, e o apoio está disponível para quem precisar.