Taxa de Sobrevivência em UTIs Brasileiras Chega a 84%, Revela Novo Estudo

Números fazem parte do Projeto UTIs Brasileiras.
Foto: Agência Brasil

Quase 90% dos brasileiros que passam por uma unidade de terapia intensiva (UTI) recebem alta, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). O estudo, parte do Projeto UTIs Brasileiras, abrange mais de 50% das admissões de adultos em UTIs no país e mostra uma taxa de sobrevivência impressionante de 84%.

Apesar desse índice positivo, o relatório aponta desigualdades preocupantes. A taxa de mortalidade global nas UTIs brasileiras é de 16%, com variações regionais significativas. O Nordeste tem a maior taxa de mortalidade hospitalar, com 24,5%, seguido pelo Sudeste (23,2%). Em contraste, o Sul apresenta a menor taxa, com 14,7%.

Além disso, os hospitais públicos enfrentam taxas de mortalidade mais altas (27%) em comparação com os privados (11%). O estudo observa que a taxa global de mortalidade atingiu cerca de 35% em 2020 devido à pandemia, mas houve uma queda nos anos seguintes.

Principais Causas de Internação

A sepse, conhecida como infecção generalizada, continua sendo a principal causa de internação não cirúrgica em UTIs, representando quase um terço dos casos. Esta condição, uma resposta inflamatória severa a uma infecção, pode levar rapidamente à falência múltipla de órgãos se não for tratada de forma eficaz.

Entre as cirurgias eletivas, as ortopédicas são as mais frequentes, com 14,7% das internações em UTIs, seguidas por procedimentos cardíacos e endovasculares (10%). Para cirurgias de urgência, as ortopédicas lideram com 15,2% das internações, seguidas por cirurgias abdominais (12,6%).

Perfil dos Pacientes

O perfil dos pacientes em UTIs é equilibrado, com uma distribuição igual entre homens e mulheres. A idade média dos internados é de 63 anos, com uma alta concentração entre os idosos. As comorbidades mais comuns incluem hipertensão arterial (66,6%) e diabetes (33,9%). Outras condições significativas são tumores sólidos, insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca.

Campanha de Valorização

A Amib lançou a campanha “Orgulho de Ser Intensivista” para reconhecer o papel vital dos médicos intensivistas na recuperação de pacientes críticos. A campanha visa sensibilizar a sociedade e os gestores de saúde sobre a importância dos intensivistas e a necessidade de investimentos contínuos em sua formação e valorização, o que é crucial para melhorar os resultados em UTIs em todo o Brasil.

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